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O MORCEGUISMOS é um espaço inteiramente dedicado aos morcegos e pretende ser um veículo de divulgação e sensibilização. Neste espaço cabe a divulgação de projectos em curso ou concluídos, notícias, e actividades diversas.

Para além disso pretende-se que contribua para uma aproximação do público a este grupo faunístico, e que este público tome parte no aumento do conhecimento sobre morcegos em Portugal, nomeadamente através da informação sobre abrigos de que tenham conhecimento.

No futuro pretende-se ainda criar uma linha de apoio a qualquer assunto relacionado com morcegos, como seja o socorro de morcegos encontrados feridos ou a perturbação de abrigos, entre outros.

Espera-se desta forma dar um contributo importante para a conservação das espécies de morcegos portuguesas.

27 de fevereiro de 2010

Rhinolophus ferrumequinum

R. ferrumequinum (morcego-de-ferradura-grande)

(in Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal)
Tipo de ocorrência
: Residente

Classificação: VULNERÁVEL (VU)

Fundamentação
: A espécie tem uma população pequena (inferior a 10.000 indivíduos maduros) com todos os indivíduos na mesma subpopulação; admite-se um declínio continuado do número de indivíduos maduros e da qualidade do habitat.

Distribuição: O morcego-de-ferradura-grande distribui-se pela Eurásia temperada, da Península Ibérica ao Japão e do Noroeste africano à Índia (Ransome 1999).

Em Portugal, é mais comum no Norte e no Centro, aparecendo apenas esporadicamente no Algarve (Palmeirim et al. 1999).

População: A população nacional desta espécie é constituída por poucos milhares de
indivíduos.

Foram documentados importantes declínios em vários países da Europa, como por exemplo no Reino Unido (Stebbings 1988, Ransome 1999). A análise datendência populacional desta espécie no nosso país não é conclusiva (Rodrigues et al. 2003).

Habitat: As colónias de criação abrigam-se principalmente em grandes edifícios, mas podem também utilizar grutas e minas, locais onde estes animais em geral hibernam (Palmeirim et al. 1999).

Parece caçar em zonas bem arborizadas, utilizando ocasionalmente áreas abertas próximas destas (Jones & Morton 1992).

Factores de Ameaça: As principais ameaças parecem estar ligadas à degradação do habitat por acção do Homem, tanto pela destruição de abrigos como pela alteração de áreas de
alimentação e pelo uso de pesticidas.

A perda de abrigos é particularmente nefasta nesta espécie, frequentemente devido ao bloqueio das entradas de pequenas minas por vegetação e à completa degradação ou recuperação descuidada de casas abandonadas.

Encontra-se particularmente sujeita a mortalidade por atropelamento, por ser uma espécie de voo baixo.

Medidas de Conservação: A protecção legal dos mais importantes abrigos de criação e hibernação desta espécie é uma importante medida de conservação. Da mesma forma, a limpeza
periódica das entradas de minas de água, evitando que sejam cobertas por vegetação e obras de manutenção de casas abandonadas regularmente utilizadas como abrigo, deverão ser tidas em conta.

Deverão ser elaborados e implementados planos de gestão do habitat nas áreas envolventes aos principais abrigos e continuar o programa de monitorização das populações desta espécie.

A racionalização do uso de pesticidas e a realização de acções de sensibilização poderão também beneficiar esta espécie.

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