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O MORCEGUISMOS é um espaço inteiramente dedicado aos morcegos e pretende ser um veículo de divulgação e sensibilização. Neste espaço cabe a divulgação de projectos em curso ou concluídos, notícias, e actividades diversas.

Para além disso pretende-se que contribua para uma aproximação do público a este grupo faunístico, e que este público tome parte no aumento do conhecimento sobre morcegos em Portugal, nomeadamente através da informação sobre abrigos de que tenham conhecimento.

No futuro pretende-se ainda criar uma linha de apoio a qualquer assunto relacionado com morcegos, como seja o socorro de morcegos encontrados feridos ou a perturbação de abrigos, entre outros.

Espera-se desta forma dar um contributo importante para a conservação das espécies de morcegos portuguesas.

26 de novembro de 2008

Bats in Forests: Conservation and Management

As populações de morcegos cavernícolas têm vindo a ser monitorizadas, existindo algum grau de conhecimento sobre o seu estado de conservação. Em muitos casos estas espécies formam colónias com um grande número de indivíduos, o que se deve também à escassez de abrigos, e por esse motivo a destruição de abrigos é amplamente aceite como uma das principais ameaças. Com base neste conhecimento é possível definir um estatuto de conservação realista para estas espécies, mas o mesmo não acontece com o os morcegos arborícolas. A dificuldade em estudar estas espécies faz com que pouco ou, em alguns casos, quase nada se saiba sobre as suas populações, e este não é apenas um problema Português.

Das espécies portuguesas de morcegos cerca de 38% estão classificadas com Informação Insuficiente, o que significa que a informação existente não é adequada para avaliar o risco de extinção. Quatro destas espécies (56%) são estritamente arborícolas, o que significa que dependem directamente de florestas de folhosas bem desenvolvidas para constituírem abrigo, e consequentemente para sobreviverem. De facto, com excepção da espécie
M. bechsteinii, que parece criar exclusivamente em cavidades de árvores, e está classificada como EN (Em Perigo), todas as outras espécies arborícolas (Nyctalus leisleri, N. lasiopterus, N. noctula, Barbastella barbastellus e Plecotus auritus) estão classificadas pelo Livro Vermelho dos Vertebrados com a categoria DD (Informação Insuficiente). A escassez de informação sobre espécies arborícolas é tão grande, que as medidas de conservação e gestão implementadas estão reduzidas a "suposições fundamentadas".

Pelos motivos aqui apresentados deixo uma sugestão de leitura, aquele que tem sido o meu livro de cabeceira dos últimos tempos Bats in Forests: Conservation and Management.

O livro está dividido em 11 capítulos, onde é feita uma compilação da informação existente sobre diversos aspectos da ecologia e biologia das espécies florestais, sendo sugeridas direcções para estudos futuros bem como formas de gestão que contribuam para a conservação destas espécies.

INDICE

1 - Bats in Forests: What we Know and What we Need to Learn
2 - Ecology and Behavior of Bats Roosting in Tree Cavities and Under Bark
3 - Behavior and Day-Roosting Ecology of North American Foliage-Roosting Bats
4 - Foraging Ecology of Bats in Forests
5 - Importance of Night Roosts to the Ecology of Bats in Forests
6 - Migration and Use of Autumn, Winter and Spring Roosts by Tree Bats
7 - Silvicultural Practices and Management of Habitat for Bats
8 - The Influences of Forest Management on Bats in North America
9 - Ecological Considerations for Landscape-Level Management of Bats
10 - Assessing Population Status of Bats in Forests: Challenges and Opportunities
11 - Planning for Bats on Forest Industry Lands in North America

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