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O MORCEGUISMOS é um espaço inteiramente dedicado aos morcegos e pretende ser um veículo de divulgação e sensibilização. Neste espaço cabe a divulgação de projectos em curso ou concluídos, notícias, e actividades diversas.

Para além disso pretende-se que contribua para uma aproximação do público a este grupo faunístico, e que este público tome parte no aumento do conhecimento sobre morcegos em Portugal, nomeadamente através da informação sobre abrigos de que tenham conhecimento.

No futuro pretende-se ainda criar uma linha de apoio a qualquer assunto relacionado com morcegos, como seja o socorro de morcegos encontrados feridos ou a perturbação de abrigos, entre outros.

Espera-se desta forma dar um contributo importante para a conservação das espécies de morcegos portuguesas.

29 de março de 2009

Breves (I)

Gate built at cave to protect endangered gray bats
(in The Tenessean, 25 de Março de 2009)

O portão foi construído para proteger a espécie ameaçada Myotis grisescens que passa o Verão em Old Hickory Lake. Com esta medida os responsáveis esperam diminuir a perturbação humana e contribuir para a recuperação da população, que diminui significativamente nos últimos anos.

O portão foi desenhado de forma a permitir a passagem dos morcegos, mas não a de pessoas.

Birds, bats leave different wakes
(in Science News, 24 de Março de 2009)

O rasto aerodinâmico deixado por uma ave em voo, é substancialmente diferente da perturbação atmosférica produzida por um morcego. Fundamentalmente, a diferença reside na técnica utilizada para bater as assas. As aves e os morcegos desenvolveram o voo de forma inependente, como isso foi possível permanece um mistério.

A diferença está nos vórtices produzidos por morcegos e aves, o que poderá estar relacionado com a estrutura das asas e do corpo. Estas diferenças na estrutura de ambos os grupos faz com que as aves tenham que dispender menos energia para se projectarem para a frente.

Cavernas mais quentes podem salvar populações de morcegos
(in Terra, 24 de Março de 2009)

Investigadores têm esperança que o uso de caixas aquecidas como abrigos para morcegos, possam reduzir o número de animais que morrem devido ao síndroma do nariz branco.

Uma equipa de cientistas criou um modelo matemático que sugere que os padrões de hibernação dos morcegos estão a sofrer alterações, o que os força a consumir reservas energéticas para manterem a temperatura corporal. Os cientistas propõem a instalação de abrigos aquecidos dentro dos locais afectados, permitindo que eles conservem energia, aumentando a sua possibilidade de sobrevivência.

Bat population shows huge declines
(in The ADVOCATE, 23 de Março de 2009)

O misterioso fungo do síndroma do nariz branco, alastrou-se, durante este Inverno, a 9 estados dos EUA, aumentando a preocupação de um aumento da população de insectos, e consequentemente aumento do uso de pesticidas.

Em apenas uma gruta, no Connecticut, onde se encontravam 3300 morcegos, a população é agora de 300 indivíduos, e este declínio é esperado em muitos outros locais de hibernação, alguns dos quais com um efectivo populacional muito superior.

Bridge project timed to help bats
(in BBC News, 21 de Março de 2009)

Os trabalhos que têm decorrido numa ponte de uma auto-estrada em Nottinghamshire, são referidos pelos responsáveis como sendo "amigos dos morcegos", e de acordo com os mesmos as medidas têm sido tão bem sucedidas que a colónia em causa está mesmo a crescer.

De entre as medidas destaca-se a colocação de caixas abrigo na envolvente, servindo como abrigos alternativos durante a perturbação, o trabalho nocturno foi restrito e a utilização de luzes foi mantida no mínimo indispensável.


Bat disease poses unforeseen problems
(in The News Time, 21 de Março de 2009)

O misterioso síndorma do nariz branco tornou a Mine Hill, em Roxbury, onde os morcegos formam colónias de hibernação, num cemitério. De acordo com o Departamento de Protecção do Ambiente, cerca de 90% dos indivíduos da colónia morreram, e mais dramático é o facto deste fungo se estar a muitos outros locais.

Com esta diminuição das populações locais, espera-se agora um aumento das populações de mosquitos e algumas pragas agrícolas.

Those Gymnastic Bats, Landing Upside Down
(in The New York Times, 20 de Março de 2009)

Os morcegos abrigam-se de cabeça para baixo, pendurados pelos seus calcanhares, e têm que aterrar nesta posição contra o tecto de uma gruta ou folhagem, e na aproximação têm de voar contra a gravidade.

Daniel K. Riskin da Brown University, e os seus colegas mostraram como o fazem. Utilizando uma câmara de alta velocidade e uma plataforma de contacto para medir as forças, estudaram a aterragem de três espécies de morcegos.

Os resultados sugerem que a severidade da aterragem é função do tipo de abrigo. Assim, morcegos que se abrigam em grutas têm que fazer uma aterragem mais suave para evitar ferimentos, enquanto que um morcego que se abrigue na folhagem pode proceder a uma aterragem mais dura, dando-lhe tempo para se assegurar que tem um bom apoio.

Aqui é possível ver dois filmes da aterragem que aconselho vivamente

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