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O MORCEGUISMOS é um espaço inteiramente dedicado aos morcegos e pretende ser um veículo de divulgação e sensibilização. Neste espaço cabe a divulgação de projectos em curso ou concluídos, notícias, e actividades diversas.

Para além disso pretende-se que contribua para uma aproximação do público a este grupo faunístico, e que este público tome parte no aumento do conhecimento sobre morcegos em Portugal, nomeadamente através da informação sobre abrigos de que tenham conhecimento.

No futuro pretende-se ainda criar uma linha de apoio a qualquer assunto relacionado com morcegos, como seja o socorro de morcegos encontrados feridos ou a perturbação de abrigos, entre outros.

Espera-se desta forma dar um contributo importante para a conservação das espécies de morcegos portuguesas.

7 de janeiro de 2010

Energia Eólica: do que nunca se fala!

Não tenho por hábito destacar assunstos que não estejam directamente relacionados com morcegos, mas a publicação de mais uma notícia sobre a "espectacular" situação de Portugal ao nível da energia eólica produzida leva-me a debruçar sobre este assunto. A notícia Portugal é o segundo país do mundo com maior peso das eólicas, foi publicada no jornal Público.

Reconheço a importância de apostar em energias renováveis, no entanto existe uma tendência para este tema ser discutido de uma forma unidireccional... fica sempre a sensação que no mundo das energias "verdes" só existem vantagens. Na verdade tem-se vindo a confirmar que a instalação de parques eólicos, que na maioria dos casos corre em zonas com interesse para a conservação da biodiversidade, tem efeitos negativos sobre alguns grupos da fauna, como sejam lobos, aves e morcegos. Para alguns esta poderá parecer uma questão pouco importante quando comparada com um cenário de soberania energética, mas a comunidade internacional (e isso ficou bem presente na recente cimeira de Copenhaga) começa a perceber que, depois das alterações climáticas, a biodiversidade será o próximo calcanhar de Aquiles.

Mas podemos até pôr um pouco de lado as "abstractas" questões da biodiversidade e pensar no Portugal interior e deprimido, sem voto na matéria, onde muitas vezes são instalados parques eólicos, aldeias habituadas ao silêncio que em dias de vento ficam sujeitas a um ruído de fundo constante. São as mesmas aldeias que não vêem as suas facturas eléctricas a diminuir, ou qualquer investimento em equipamentos colectivos.

Inicialmente vista como um modo de produção de elevada rentabilidade, em grande parte devido aos chorudos subsídios atribuídos pelo estado, começam agora a surgir dúvidas sobre os benefícios económicos reais destes empreendimentos. No futuro tenho esta visão Dantesca de parques eólicos abandonados por empresas que declaram falência, ferrugentos nas cumeadas das serras, pás caídas e aerogeradores que rangem de forma assustadora ao sabor do vento...



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